Todos os consumidores são crianças

A afirmação pode chocar mas nem por isso deixa de ser verdade. Estávamos nós em plena época natalícia e o comércio em geral desdobrava-se em campanhas de marketing, ora precárias – lojas tradicionais sem grande actualização no tempo – ora mais actuais e sofisticadas ao nível das grandes empresas ou subsidiárias de multinacionais. No entanto, uma coisa têm em comum: tentam explorar os mais básicos sentidos do Homem. O mais caricato disto tudo é que o Homem reage, qual criança inocente a observar e tocar no brinquedo que mais deseja ter. Mas o seguimento do impulso é ainda mais curioso, pois se normalmente atribuímos às crianças a culpa por não expulsarem da sua consciência a memória do brinquedo que observaram na loja, o facto é que talvez o esqueçam ou se resignem mais rapidamente que o homem adulto. O homem adulto é já dotado de perspectivas e mecanismos de negação que permitam temporizar ou negar em primeira instância a compra. Mas se o processo de compra na mente da criança é finito e possivelmente terminado na raiz do desejo, o consumidor adulto retém o estímulo e, apesar de negar o 1º acto de aquisição, dificilmente resistirá à segunda montra de objectos de electrónica de última geração que encontrar. Esta conclusão levaria a um profundo debate sobre o endividamento dos cidadãos e o excesso de crédito ao consumo providenciado pela banca, mas isso são contas de outro rosário, porque o que interessa neste post é Marketing e mais especificamente, a introdução ao Marketing Sensorial.

Primeiro Post

O TRANSVERSAL – como o nome indica, será um espaço dedicado a vários assuntos, com especial ênfase no marketing, economia, sociedade e tecnologia da actualidade.

O céu deixou de ser o limite, o blog está no ar.